a bola no telhado

E veio a morte de Deus, a decepção amorosa, a ruína da perfeição, o fim da crença no país. Afinal, nada mais ou menos que a bola lançada para cima do telhado do vizinho no auge do grande jogo na infância. No pico do prazer, o final abrupto e o objecto do desejo, ali a olhar para nós, mas sem ser já para nós.
Vamos para o interior das casas esquecer o assunto e esperar que o vento os devolva ou o vizinho trepe a escada e condescenda.